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O dólar terminou em queda na terça-feira (18), valorizando-se a R$ 5,68, o valor mais baixo desde o dia 7 de novembro (R$ 5,6752).
Novamente, o dia contou com leilão de dólares promovido pelo Banco Central (BC). Esses leilões são utilizados como uma estratégia para regular o mercado cambial, aumentando a quantidade de dólares disponíveis e contribuindo para a redução da cotação.
Nesta terça-feira, o BC comercializou um total de US$ 3 bilhões em leilão de linha, que são vendas de dólares com a condição de recompra, marcando a terceira intervenção cambial na administração do novo presidente do BC, Gabriel Galípolo.
No cenário internacional, a atenção se volta para a geopolítica. Após uma conversa entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, onde ambos concordaram em iniciar negociações para acabar com a guerra na Ucrânia, há expectativas crescentes de que um pacto de paz esteja em discussão entre os países.
Além disso, os investidores estão ansiosos pela publicação na quarta-feira (19) da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, que resultou na manutenção das taxas de juros entre 4,25% e 4,50% ao ano.
O Ibovespa, que é o índice principal da bolsa de valores do Brasil, a B3, encerrou suas atividades quase estável.
Dólar
O dólar registrou uma queda de 0,41%, sendo cotado a R$ 5,6887. Confira mais cotações.
Com isso, acumulou:
um recuo de 0,12% na semana;
uma redução de 2,54% no mês; e
uma perda de 7,95% no ano.
Na sessão anterior, a moeda americana havia apresentado uma alta de 0,29%, com cotação de R$ 5,7119.
Ibovespa
O Ibovespa teve uma queda de 0,02%, finalizando em 128.532 pontos.
No dia anterior, o índice havia subido 0,26%, alcançando 128.552 pontos.
Consequentemente, acumulou:
uma alta de 0,26% na semana;
um ganho de 1,91% no mês; e
uma elevação de 6,87% no ano.
O que está influenciando os mercados?
No Brasil, o mercado continua a reagir aos últimos dados da economia. O Índice de Atividade Econômica (IBC-BR) do Banco Central, considerado um indicativo preliminar do Produto Interno Bruto (PIB), mostrou um crescimento de 3,8% em 2024, apesar de uma contração de 0,70% na atividade registrada em dezembro.
Para este ano, analistas preveem uma desaceleração econômica, em função dos recentes aumentos na Selic (taxa básica de juros) — atualmente fixada em 13,25%, que deve aumentar ainda mais nos próximos meses.
Taxas de juros elevadas tornam o crédito mais custoso, o que tende a diminuir o consumo das famílias, que é o principal motor da economia.
“Durante 2024, diversos elementos favoreceram a atividade econômica, como a taxa de desemprego em mínimas históricas, elevação nos salários, melhores condições de acesso ao crédito e um aumento significativo dos benefícios sociais”, afirma Rafael Perez, economista da Suno Research. “Entretanto, o último trimestre do ano passado já indicava um esgotamento desses fatores, em virtude de uma política fiscal e monetária mais rigorosa.”
O boletim Focus — um relatório semanal do Banco Central que compila as previsões de economistas do setor financeiro — demonstra uma diminuição nas previsões para o PIB deste ano, passando de 2,03% para 2,01%. As previsões para a taxa Selic sugerem que os juros podem atingir 15% ao ano até o final de 2025.
Apesar da expectativa de juros elevados por um período prolongado, as estimativas para a inflação anual também aumentaram, passando de 5,58% para 5,60% em apenas uma semana.
Com esses números, a inflação excede a meta do Banco Central. A partir de 2025, com o início do novo sistema de metas contínuas, a meta estabelecida é de manter a inflação em 3% ao ano, considerável cumprida se os índices variarem entre 1,5% e 4,5%.
De acordo com o sistema de metas, o Banco Central precisa ajustar os juros em esforços para manter a inflação dentro dos limites determinados. Para alcançar isso, a instituição observa as tendências futuras, uma vez que a Selic leva de seis a 18 meses para afetar plenamente a economia.
Neste momento, por exemplo, o Banco Central já está considerando as expectativas de inflação para o período de 12 meses até meados de 2026. Para aquela data, a expectativa de inflação subiu de 4,30% para 4,35%. Este é o oitavo aumento consecutivo desse indicador.
Adicionalmente, a desaceleração das atividades em Brasília contribuiu para a estabilidade do Ibovespa entre janeiro e fevereiro. Especialistas do Citi também notaram que a pesquisa Datafolha, que mostra uma queda na popularidade de Lula e uma menor probabilidade de reeleição em 2026, ajudou a impulsionar os preços.
No cenário internacional, a expectativa para esta semana é a divulgação da ata da reunião de janeiro do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, que será revelada na quarta-feira. Naquela ocasião, o comitê decidiu manter a taxa básica de juros do país na faixa entre 4,25% e 4,50% ao ano.
Na segunda-feira, o diretor do Fed, Christopher Waller, mencionou que sua avaliação “base” é que as novas restrições comerciais do presidente dos EUA, Donald Trump, terão um impacto moderado sobre os preços, enquanto o presidente do Fed da Filadélfia, Patrick Harker, expressou apoio a uma postura monetária estável.
Nesta terça-feira, a presidente do Fed de San Francisco, Mary Daly, afirmou que o Banco Central dos EUA deve manter os custos dos empréstimos nos níveis atuais até que haja um progresso mais perceptível na inflação.
“A política monetária precisa permanecer restritiva até… eu perceber que realmente estamos fazendo progresso em relação à inflação”, afirmou durante uma conferência de bancos comunitários promovida pela American Bankers Association.