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O dólar está cotado a R$ 5,77 e registra o 12º dia seguido de declínio, após a redução da 'tarifaço' imposta por Trump - Blog do Irmão Francisco


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Das 12:00 às 13:00

O dólar está cotado a R$ 5,77 e registra o 12º dia seguido de declínio, após a redução da ‘tarifaço’ imposta por Trump

O dólar sofreu uma nova queda nesta terça-feira (4), alcançando R$ 5,77, estabelecendo assim o menor valor desde novembro. Depois de uma alta no final de 2024, a moeda estrangeira agora acumula 12 dias seguidos de declínio.

Os investidores analisam que o “tarifaço” sugerido pelo presidente norte-americano, Donald Trump, foi menos severo do que se esperava. No último fim de semana, Trump declarou que iria implementar uma tarifa de 25% sobre produtos do México e do Canadá, mas chegou a acordos com ambos os países para adiar essa nova taxação por um mês.

Os Estados Unidos também cobram tarifas sobre a China, que, em resposta às ações de Trump, anunciou tarifas sobre petróleo e gás vendidos pelos EUA. Mesmo assim, o mercado ainda percebe que as ameaças tarifárias de Trump estão se enfraquecendo.

Analistas acreditam que os conflitos entre os EUA e a China poderiam ter um desfecho semelhante ao que ocorre com o México e o Canadá.

“A retórica bastante agressiva de Trump parece ser, de fato, o que todos suspeitavam desde o início: uma grande alavanca para negociar acordos comerciais e atingir outras metas políticas”, afirmou Eduardo Moutinho, analista de mercados do Ebury Bank, à agência Reuters.

Entre os destaques do dia, estão as novas informações sobre a atividade econômica dos Estados Unidos e a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC).

No relatório publicado nesta terça-feira, a entidade prevê uma inflação acima do desejado até pelo menos junho deste ano e expressa preocupação com o aumento nos preços dos alimentos, que deve “se estender ao médio prazo.”

O Ibovespa, que é o principal índice da bolsa brasileira, a B3, encerrou em queda.

Dólar
O dólar terminou o dia com uma redução de 0,76%, cotado a R$ 5,7712.

Com esse resultado, acumula:

uma queda de 1,13% na semana e no mês;
e uma diminuição de 6,61% no ano.
No dia anterior, a moeda americana havia fechado com um declínio de 0,38%, com cotação de R$ 5,8153.

Ibovespa
O Ibovespa fechou com uma redução de 0,65%, atingindo 125.147 pontos.

Com isso, acumulou:

uma queda de 0,78% na semana e no mês;
um aumento de 4,05% no ano.
No dia anterior, o índice fechou com uma queda de 0,13%, somando 125.971 pontos.

O que está alterando os mercados?
Os acontecimentos relacionados ao “tarifaço” implementado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, continuam a afetar os mercados globais.

Nesta terça-feira (4), a China instituiu novas tarifas sobre produtos importados dos EUA como retaliação às taxações norte-americanas. O país asiático definiu um imposto de 15% para carvão e Gás Natural Liquefeito (GNL) dos EUA e 10% para petróleo bruto, equipamentos agrícolas e certos veículos.
As tarifas começarão a ser aplicadas na próxima segunda-feira, dia 10. A escolha do grande país asiático representa um novo movimento na disputa comercial entre as duas economias mais influentes do planeta e destaca a eficácia das imposições tarifárias dos Estados Unidos, uma técnica tradicional utilizada pela nação para seus próprios benefícios.

Entretanto, a percepção é de que essa “guerra das tarifas” está perdendo força. Na segunda-feira, por exemplo, Trump já se desviou de suas ameaças anteriores e estabeleceu acordos com o México e o Canadá. Nos dois casos, os pactos estipularam a suspensão das tarifas por um mês, além de medidas conjuntas dos dois países para monitorar as atividades em suas fronteiras.

Agenda do dia: focando nas taxas de juros e em dados de atividade dos EUA
No âmbito interno, as atenções estão voltadas para os registros da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que ocorreu na semana retrasada. O encontro culminou na decisão de elevar a taxa básica de juros (Selic) em 1 ponto percentual.

No relatório, o comitê mencionou que as previsões de inflação aumentaram bastante nos últimos meses, tanto no curto quanto no médio e longo prazos. As estimativas apontam para uma inflação superior à meta durante os próximos seis meses consecutivos.

A partir de 2025, com a implementação do sistema de metas contínuas, a meta será fixada em 3% – o que será considerado atingido se variar entre 1,5% e 4,5%.

No novo regime de metas contínuas, se a inflação ultrapassar os limites aceitáveis por seis meses seguidos, a meta será considerada não cumprida. Se as previsões se materializarem, 2025 verá novamente um desvio da meta de inflação.

Dentre os elementos que provocam a pressão inflacionária, o Copom destaca:

Aumento nos preços dos alimentos;
Influência do dólar sobre a economia;
Expectativas cautelosas quanto à capacidade do governo de equilibrar suas contas.

Levando em conta esses aspectos, a instituição já sinalizou um novo aumento de 1 ponto percentual na próxima reunião, o que deve elevar a taxa Selic para 14,25% ao ano. É provável que haja mais aumentos, com o mercado prevendo juros de até 15% ao ano até o final de 2025.

Taxas de juros mais elevadas atraem um número maior de investidores, pois os títulos do governo oferecem retornos mais atraentes. Isso pode ajudar a aliviar a pressão sobre o dólar.
Nenhuma informação externa foi compartilhada sobre os números da indústria dos Estados Unidos. De acordo com o Departamento de Comércio dos EUA, as solicitações de novos produtos manufaturados diminuíram em dezembro, influenciadas por uma queda nas encomendas de aeronaves civis. Contudo, a procura em outros segmentos se mostrou consistente.

Adicionalmente, as posições de trabalho disponíveis na principal economia global também apresentaram uma queda no último mês de 2024. O baixo índice de dispensas, por outro lado, ainda indica que o setor laboral não está passando por uma desaceleração drástica.

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