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MCTI tem a intenção de transformar o Maranhão em um novo centro do programa espacial do Brasil - Blog do Irmão Francisco


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MCTI tem a intenção de transformar o Maranhão em um novo centro do programa espacial do Brasil

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), através do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), tem trabalhado para fortalecer o Maranhão como um ponto estratégico do Programa Espacial Brasileiro, centrado no Centro de Lançamento de Alcântara.

Dentro desse contexto, a ministra do MCTI, Luciana Santos, realizou um extenso cronograma na capital São Luís, onde inspecionou as instalações do Laboratório de Propulsão Aeroespacial (Acrux Aerospace) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e participou do lançamento de um veículo destinado ao lançamento de pequenos satélites.

“Esta área integra a Estratégia Nacional de Defesa e o Programa Espacial Brasileiro, que beneficia-se da posição privilegiada da Base de Alcântara. Isso transforma a realidade, inclusive para a economia do Maranhão”, declarou a ministra, que estava acompanhada pelo governador do Maranhão, Carlos Brandão, e pelo reitor da UFMA, Fernando Carvalho Silva.

Pesquisadores e aliados da UFMA estão elaborando o projeto do Veículo Lançador de Pequeno Porte (VLPP), contratado pela Finep, com financiamento do FNDCT, em colaboração com um consórcio liderado pela empresa AKAER. Este consórcio conta com a participação da empresa Acrux, responsável por desenvolver os motores de foguete S-30 (1º e 2º estágios) e S-18 (3º estágio). Para a fabricação desses motores, está prevista a construção de uma fábrica de propelentes em uma área adquirida pela empresa na ilha de São Luís. Esta construção será um importante progresso para o Centro de Lançamento de Alcântara.

“Estamos disponibilizando R$ 30 milhões para a edificação dessa fábrica de propelentes. Este projeto será ligado a iniciativas de veículos lançadores de pequeno porte, uma tecnologia que o Brasil ainda não domina plenamente. Até 2026, o Brasil, pela primeira vez, não dependerá mais do lançamento de satélites fora de seu território. Isso é um marco histórico, representa a soberania nacional”, enfatizou a ministra.

Luciana Santos também celebrou o comunicado, que promete impulsionar o desenvolvimento, criar empregos qualificados e gerar renda para o estado. “Este investimento é essencial para a indústria nacional e para a região Nordeste. Com isso, também abordamos a desigualdade regional”, acrescentou.

“Temos uma localização extraordinária. Alcântara está a apenas dois graus ao sul da linha do Equador, o que diminui em 30% o custo dos lançamentos de foguetes, devido à economia de combustível”, explicou. “Essa característica é exclusiva no Brasil e se complementa com a ampliação do cabeamento da Infovia, que alcançará a Base de Alcântara, melhorando a conectividade da área”, concluiu.
O projeto VLPP no Maranhão conta com um investimento de R$ 30 milhões, oriundos do FNDCT. Além do VLPP sob a liderança da AKAER, o programa abrange mais dois projetos de veículos lançadores, também contratados pela Finep e atualmente em desenvolvimento: um segundo VLPP, que é coordenado por um consórcio liderado pela empresa CENIC, e o veículo R.A.T.O (Rocket Assisted Take Off), projetado para elevar o veículo hipersônico 14-X até a atmosfera, alcançando alturas de até 30 quilômetros. A previsão é que ambos os VLPPs e o R.A.T.O. sejam lançados em Alcântara até o final de 2026, de acordo com os prazos estipulados nos contratos. O investimento total nos três projetos soma R$ 486,8 milhões.

O reitor da UFMA, Fernando Carvalho Silva, enfatizou a importância da Universidade nesse processo. “Estamos ultrapassando os limites da Universidade, estabelecendo colaborações e oferecendo serviços a empresas. Também apresentamos uma proposta em resposta a um edital para Parque Tecnológico da Finep, com o objetivo de atrair mais empresas e fortalecer o avanço tecnológico no estado”, afirmou.

Para o Maranhão, estes anúncios reforçam sua identidade como o segundo centro industrial científico-tecnológico do Programa Espacial Brasileiro, em consonância com a Estratégia Nacional de Defesa (END) e as políticas do MCTI destinadas a descentralizar o desenvolvimento de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) no Brasil.

Centro de Pesquisas Espaciais
O MCTI está considerando a criação de um Centro de Pesquisas Espaciais no Maranhão, com um ênfase no desenvolvimento de veículos lançadores e satélites. Este projeto, que contará com financiamento do FNDCT, está alinhado com as diretrizes do Ministério para fortalecer as capacidades regionais em CT&I.

Uma comissão composta por representantes da Finep, da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema) e da UFMA terá um prazo de 90 dias para elaborar uma proposta de financiamento. O centro será parte integrante do futuro Parque Tecnológico do Maranhão, cujo edital está em fase final de avaliação pela Finep. A iniciativa visa atrair empresas do setor espacial, aproveitando as condições estratégicas do Centro de Lançamento de Alcântara.

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