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O dólar registrou a sexta queda consecutiva e encerrou a negociação desta segunda-feira (27) cotado a R$ 5,91. Esse movimento ocorreu em meio à percepção de que as políticas tarifárias do novo presidente dos EUA, Donald Trump, podem ser menos severas do que o previsto, após a maior economia mundial anunciar um entendimento com a Colômbia referente aos voos de deportação. (veja mais detalhes abaixo)
Além disso, os investidores aguardam ansiosos as novas decisões sobre taxas de juros do Banco Central do Brasil (BC) e do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, que devem ser anunciadas na próxima quarta-feira (29).
No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) já indicou que pretende elevar a taxa básica de juros (Selic) em 1 ponto percentual, levando-a a 13,25% ao ano. Essa estratégia leva em consideração a alta da inflação no país nos últimos meses.
Por outro lado, nos Estados Unidos, o mercado prevê que o Fed preserve suas taxas de juros entre 4,25% e 4,50% ao ano, em um período em que a inflação parece estar sob controle, embora o cenário econômico permaneça cheio de incertezas.
O Ibovespa, índice de referência da bolsa brasileira, a B3, fechou em alta.
No final da sessão, o dólar teve uma retração de 0,10%, sendo negociado a R$ 5,9122. Durante o dia, atingiu a mínima de R$ 5,8997. Confira mais cotações.
Com esse desempenho, acumulou:
uma redução de 0,10% na semana;
um recuo de 4,33% no mês e no ano.
Na última sexta-feira (24), a moeda americana teve uma queda de 0,13%, fechando a R$ 5,9180.
O Ibovespa, por sua vez, terminou com um aumento de 1,97%, alcançando 124.862 pontos.
Com isso, acumulou:
uma alta de 1,84% na semana;
um crescimento de 3,67% no mês e no ano.
Na sexta-feira, o índice havia encerrado em uma ligeira queda de 0,03%, a 122.447 pontos.
O que está influenciando os mercados?
Sem grandes eventos na agenda de segunda-feira, o foco do mercado se direciona novamente para as políticas tarifárias do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Apesar das ameaças do republicano sobre um possível “tarifaço” contra os parceiros comerciais dos EUA, as indicações são de que as iniciativas tendem a ser mais moderadas do que se imaginava. No domingo (26), Trump anunciou novas (e elevadas) tarifas à Colômbia como um tipo de sanção após o país latino-americano recusar receber voos com imigrantes deportados.
Entretanto, em uma declaração no final do domingo, a Casa Branca informou que a Colômbia havia aceitado os imigrantes e que Washington não aplicaria sanções.
Ainda assim, o cenário é abordado com cautela pelo mercado internacional, uma vez que permanecem incertezas sobre se o presidente usará as taxas como uma forma de barganha em situações diversas que transcendem a economia para alcançar seus objetivos.
Trump assegurou durante sua campanha eleitoral que aumentaria as tarifas sobre produtos importados nos Estados Unidos. Se essa promessa for efetivada, o país poderá enfrentar uma nova elevação significativa da inflação, o que também impactará os países que compram produtos dos EUA.
Além disso, o mercado continuou a monitorar o setor tecnológico, depois que as empresas dessa área perderam cerca de um trilhão de dólares em valor de mercado, em razão do crescimento explosivo no número de downloads do assistente de inteligência artificial da startup chinesa DeepSeek, que superou o concorrente americano ChatGPT na App Store.
O aplicativo gratuito se destacou como o melhor classificado na loja da Apple nos Estados Unidos, sendo considerado uma alternativa acessível e viável em termos de inteligência artificial.
Por último, os investidores permanecem atentos a novos anúncios sobre taxas de juros tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Essas decisões estão agendadas para quarta-feira (29) e podem influenciar os mercados.
No Brasil, a previsão dos economistas é que o Copom implemente um aumento de 1 ponto percentual na Selic, levando-a a um total de 13,25% ao ano. O grupo já havia indicado um novo aumento da taxa básica para março, que poderia elevar os juros a 14,25% ao ano.
Com isso, há uma grande expectativa em relação ao comunicado do comitê após a reunião. O documento frequentemente fornece pistas sobre os próximos passos do Banco Central em relação às taxas de juros e o que está em consideração pelos dirigentes.
A elevação das taxas de juros no país aumenta a rentabilidade dos títulos públicos, o que tende a atrair mais investidores e, consequentemente, gerar maior entrada de dólares no Brasil, reduzindo a pressão sobre o real.
O Boletim Focus, que é um relatório do Banco Central com as projeções de economistas do mercado financeiro para os indicadores econômicos principais do país, demonstra que as expectativas do mercado apontam para uma Selic a 15% ao ano até o final de 2025.
Altas taxas de juros são aguardadas, pois o Brasil está enfrentando um período de inflação crescente, com o mercado prevendo uma pressão maior sobre os preços neste ano. Na versão desta semana do Boletim Focus, as projeções para a inflação aumentaram de 5,08% para 5,50%. A meta de inflação para 2025 é de 3,0%, sendo considerada atingida se estiver dentro de um intervalo entre 1,5% e 4,5%.
Nos Estados Unidos, a expectativa é de que o Fed mantenha as taxas inalteradas entre 4,25% e 4,50% ao ano, aguardando novos indicadores econômicos que revelem a situação atual da economia do país.
A ascensão de Trump ao cargo pode ocasionar uma pressão inflacionária mais intensa, se o presidente levar a cabo suas promessas de elevar as tarifas sobre produtos importados. Isso elevaria os custos para os consumidores americanos e exerceria pressão sobre o Fed para implementar uma política monetária mais rigorosa, com taxas de juros elevadas para frear o aumento dos preços.
Nesta semana, serão divulgados novos dados sobre o emprego no Brasil e nos Estados Unidos, informações sobre a atividade econômica nos EUA e na Europa, além da decisão sobre as taxas de juros na zona do euro.