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De acordo com uma pesquisa realizada pela Controladoria-Geral da União (CGU) em junho de 2024, foi observado que os municípios localizados no interior dos estados nordestinos apresentavam a maior concentração, em termos proporcionais, de deduções efetuadas por associações nas folhas de pagamento de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
No Maranhão, a situação é alarmante, uma vez que seis dos 19 municípios brasileiros onde mais de 60% dos aposentados e pensionistas enfrentam descontos em suas mensalidades associativas estão situados no interior deste estado. Os municípios identificados incluem Altamira do Maranhão, Fortuna, São Félix de Balsas, Passagem Franca, Anapurus e Benedito Leite.
A pesquisa indicou que, entre os anos de 2019 e 2024, os descontos não autorizados em aposentadorias e pensões podem ter gerado um prejuízo de até R$ 6,3 bilhões em todo o Brasil. Essa questão é ainda mais crítica em pequenas cidades do Nordeste, especialmente no Maranhão e no Piauí.
Segundo a CGU, uma parte significativa desses descontos, que na maioria das vezes foram realizados sem o consentimento dos beneficiários, foi direcionada a entidades associativas, como a Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag). Por exemplo, em Altamira do Maranhão, 84% dos descontos estavam relacionados à Contag.
Em Raposa, todos os aposentados que foram entrevistados pela CGU disseram desconhecer as deduções e afirmaram não tê-las autorizado.
Importante mencionar que o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, foi informado em 2023 sobre o aumento dos descontos não autorizados, mas levou quase um ano para implementar ações efetivas.