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Os vários exemplos que observamos no final do ano passado e no início deste ano reforçaram mais uma vez a urgência de uma ampla reforma no sistema político. Para muitos, uma das mudanças necessárias é a redução do intervalo prolongado entre o resultado das eleições e a posse dos eleitos, que na maioria dos casos é de aproximadamente 90 dias.
O prefeito de Timon, Rafael Brito (PSB), expressou sua insatisfação com essa longa espera, pois viveu essa situação intensamente. Ele alegou que a ex-prefeita Dinair Veloso, que foi derrotada em outubro de 2024, atuou para dificultar o início da gestão de Rafael, inclusive não facilitando o processo de transição.
É evidente que Timon não representa um caso isolado. Em vários municípios, como Pinheiro, Arari e Barão de Grajaú, apenas para citar alguns, foi necessária a intervenção do Ministério Público ou da Justiça para tentar garantir, mesmo que de forma limitada, um período de transição adequado.
Entretanto, somente fazer reclamações não será suficiente, e é preciso tomar atitudes, como fez o prefeito de Timon, que lidou com a “farra dos cargos comissionados” ao eliminar 463 deles, resultando em uma redução de 35% e em uma economia mensal de R$ 1.250.000,00 para os cofres públicos.
Esses casos confirmam que os gestores que são derrotados em outubro, direta ou indiretamente, na maioria dos casos, ficarão desmotivados para atuar nos três meses seguintes e/ou procurarão dificultar o trabalho de quem os sucedeu.
