Preencha os campos abaixo para submeter seu pedido de música:
Após um novo episódio de comunicação, desta vez envolvendo intervenção nos preços dos alimentos, o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) respondeu prontamente para evitar mais desgaste para o presidente da República em uma questão ainda mais delicada, a economia.
Vale destacar que a equipe econômica está relutante em considerar a ideia de intervenção nos preços dos alimentos, preferindo implementar estratégias dentro das normas de mercado para auxiliar na redução do custo das refeições.
Sob nova direção, a comunicação do governo agiu rapidamente para oferecer uma resposta adequada antes que o assunto se tornasse um tópico viral. O ministro da Comunicação Social, Sidônio Palmeira, se envolveu no processo logo pela manhã.
Logo após, Rui Costa, o ministro da Casa Civil que havia mencionado um conjunto de intervenções nos preços dos alimentos, passou o dia se comunicando com a imprensa, esclarecendo que havia cometido um erro em suas declarações e assegurando que não seriam adotadas medidas artificiais de controle de preços.
Lula está programado para se reunir com sua equipe na próxima segunda-feira para discutir maneiras de reduzir o custo dos alimentos.
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, planeja sugerir investimentos na agricultura familiar, que é fundamental para garantir alimentos na mesa dos brasileiros, com foco em aumentar o crédito e a assistência técnica para esse setor.
Além dele, estarão presentes os ministros Rui Costa, Fernando Haddad (Fazenda) e Carlos Fávaro (Agricultura).
Na esfera econômica, a perspectiva que será apresentada ao presidente Lula é que os preços dos alimentos devem diminuir neste ano devido a dois fatores principais:
Não se esperam eventos climáticos extremos neste ano, ao contrário de 2024, que impactaram negativamente a produção no setor alimentício.
Adicionalmente, a safra agrícola deve ser muito boa, ajudando a reduzir os preços.
Um desafio persistente ainda é o valor elevado do dólar. Se a moeda continuar a cair, isso representará mais um fator positivo para a redução do custo da alimentação no Brasil.Entretanto, embora o governo tenha afirmado que não implementará nenhuma medida de controle de preços, essa situação ocorre em um setor específico, o de combustíveis.
Importadores e especialistas em combustíveis relatam que a gasolina apresenta atualmente uma defasagem de 13% em relação ao mercado internacional, enquanto o diesel apresenta uma desvalorização de 17%.
A Petrobras aboliu o sistema de paridade de preços de importação e passou a “abrasileirar” os preços dos combustíveis no país.
No entanto, os importadores afirmam que, mesmo com essa nova política, a defasagem continua sendo de 13% e 17% respectivamente.
Vale ressaltar que, para os importadores, a discrepância é ainda mais acentuada, chegando a até 24% no diesel, que não teve alterações nos preços há mais de um ano.
Sérgio Araújo, presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis, afirma que “os valores estão artificialmente reduzidos, com uma defasagem de 13% na gasolina e 24% no diesel”. Em relação à gasolina, o último reajuste foi feito há seis meses.
Dados de investidores sugerem que, se a Petrobras tivesse adotado o novo modelo, a empresa teria gerado uma receita adicional de mais de 5 bilhões de dólares em maio de 2023, ainda sob a administração de Jean Paul Prates.